Dois homens são indiciados por homicídio de adolescente em Nova Granada
Dois homens, o caseiro Cleber Danilo Partezani e o funcionário Anderson Luís, foram indiciados por homicídio qualificado em conexão com a morte da adolescente Giovana Pereira Caetano de Almeida, de 16 anos. O corpo da jovem foi encontrado em um sítio na zona rural de Nova Granada. Um empresário, dono da propriedade, Gleison Luís Menegildo, já havia sido indiciado pelo mesmo crime em 22 de agosto.
Os três foram presos no dia 15 de agosto, após a polícia determinar que, além de ocultação de cadáver, também houve um homicídio. Na época, armas e drogas foram apreendidas na casa do empresário. Embora o empresário e o caseiro tenham confessado ter enterrado o corpo, eles negam o assassinato da garota. Inicialmente, eles haviam sido soltos após pagar fiança de R$ 22 mil, mas novas investigações e depoimentos levaram à prisão temporária e ao indiciamento por homicídio.
O corpo de Giovana, desaparecida desde dezembro de 2023, foi descoberto em 28 de agosto de 2024. A jovem foi velada e enterrada em fevereiro deste ano, seis meses após a descoberta, pois a mãe desistiu de cremar o corpo, que ficou em um refrigerador durante esse período.
Versões dos suspeitos se contradizem
Em depoimentos anteriores, Gleison e Cleber deram versões conflitantes sobre o que aconteceu. O empresário chegou a dizer que a adolescente, que conheceu por um aplicativo de relacionamento, foi até sua empresa em São José do Rio Preto para uma entrevista de estágio. Lá, segundo ele, eles teriam consumido cocaína. Gleison alegou que, após sair para comprar uma bebida, encontrou um funcionário aos beijos com Giovana. A versão do empresário sugere que a adolescente teria passado mal depois de usar a droga e morrido.
A defesa dos suspeitos nega que eles tenham tido relações sexuais com a vítima ou a tenham matado. A defesa afirma que a adolescente morreu de overdose. Gleison também afirmou ter levado o corpo da garota em uma caminhonete por mais de um local antes de decidir enterrá-lo no sítio. Ele teria pedido ao caseiro para abrir uma vala, e Cleber admitiu ter obedecido a ordem, mas disse que não sabia para que a cova seria usada. Segundo o caseiro, só depois de enterrar o corpo, o empresário o informou do que havia feito e o ameaçou para que não contasse à polícia. A investigação continua para esclarecer os fatos e identificar a autoria do crime.
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